segunda-feira, 21 de abril de 2014

A refinaria de Pasadena



      
            A última pedra no sapato do PT é a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
            Afinal, o que é realmente a tal compra?  Simples.  Em 2005, o então presidente Luiz Inácio, amparado em parecer do Conselho de Administração da Petrobras, decidiu pela compra da refinaria citada, de propriedade da Astra Oil. Valia, na época, 42,5 milhões de dólares.  Foi comprada por 360 milhões, e depois adquirida no seu total por 1,18 bilhão de dólares, ou seja, teve o seu preço supervalorizado muitíssimas vezes.  Jamais produziu um só litro de destilado de óleo cru.
            Encontra-se agora sob investigação da Polícia Federal, o Tribunal de Contas da União já declarou irregular a compra, e no momento o negócio está sendo examinado pelo Legislativo Federal.  Dois depoimentos importantes já foram prestados.  O da atual presidente da companhia, doutora Maria das Graças Foster e do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró.  Como de costume, limitaram-se a dar explicações não comprometedoras e sem revelar números que justificassem adquirir uma refinaria improdutiva que valia, convém repetir, 42,5 milhões de dólares por 1,18 bilhão da mesma moeda.
            A presidente do Conselho de Administração da Petrobras, na época da compra, era a atual presidente Dilma Roussef.  Aprovada a aquisição pelo Conselho, o presidente Lula autorizou o pagamento e o negócio foi efetuado no total, pois no momento da compra havia sociedade com empresa estrangeira, que abandonou a refinaria e deveria ser paga a sua parte.  Uma confusão para ninguém entender mesmo, de má fé, propositada.  Segundo a atual presidente da Petrobras, a compra foi um péssimo negócio, e as cláusulas que aumentaram muito o preço final não foram reveladas ao Conselho.
            Criaram um tumulto muito grande, para tentar uma justificativa.  Como facilmente pode ser notada, não pode haver nenhuma explicação para aumento de tal ordem.  Dizer que cláusulas adicionais são as responsáveis nada justifica.  Ou seja, todo o Conselho de Administração é culpado, por ação ou omissão, a ser verificada pela CPI e Polícia Federal.  Naturalmente que o chefe do Executivo na época não pode querer se eximir da culpabilidade, atribuindo esta a terceiros.  Cabia a ele a decisão final.
            O ilícito existe.  Não vou me arrogar qualquer classificação, que somente a Procuradoria Geral da República tem competência para dizer qual.
            De toda a forma, por ação ou omissão, como já se disse, os culpados devem ser réus de processo.
            A Petrobras é do povo brasileiro, conquistada arduamente.  Foi uma das grandes companhias do mundo.  Hoje está em dificuldades.   


Publicado no Pravda de 20/04/2014  http://port.pravda.ru/news/busines/21-04-2014/36641-pasadena-0/ 


            

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Canalhas estão sempre presentes



O mundo tem conhecido, ao longo dos tempos, uma série de homens que passam destruindo tudo e todos.
 Não tenho intenção de fazer história, e muito menos a capacidade para tal fato. Sou apenas um observador atento.
 Como surgem estes símbolos do mal, geralmente deificados pelo povo? Não é muito difícil a resposta, embora sempre incompleta. O momento em que passa determinado povo é propício ao aparecimento deste tipo canalha. Ao fundo, o espírito de símbolos guerreiros escondem a revolta do povo, que procura solução em verdadeiros falsários e oportunistas espertos.
 Todo canalha tem a sua hora e a sua vez. Ele não surge do nada, mas de situações quase sempre esperançosas de grande melhoria. Quem não conhece os nomes de Júlio César, Napoleão Bonaparte, Adolf Hitler, Mussolini, Stálin e tantos outros? Que foram estes homens? Todos símbolos do mal, da crueldade, da tirania e, sobretudo, da vaidade. Mas, por incrível que pareça, todos gozaram de grande prestígio da massa, no tempo em que se encontravam no poder. Alguns são idolatrados até hoje, como Napoleão. O corso matou grande parte da juventude francesa, dilapidou o Tesouro e é ainda reverenciado por muitos franceses como herói nacional.
 Passando para tempos mais recentes, os exemplos também se multiplicam. Castro tomou o poder em Cuba heroicamente, mas o sonho tomou a sua mente e ele não admite outro em seu lugar, até hoje. Tem seus seguidores. O cretino Hugo Chávez, inculto e idiota como o seu parceiro nacional Luiz Inácio, licitamente assumiram o maldito poder que corrompe as mentes. Ambos, convém lembrar, contam com o apoio de grande parte da população. Este fato nada significa. Enquanto mantinha Auschwitz em plena matança, Hitler também era admirado pelo povo alemão. O mito Stálin está ressurgindo na Rússia com força espantosa, atemorizando o presidente Vladimir Putin, antigo diretor-geral da KGB, o serviço secreto do mundo comunista. Nem mesmo o coronel Putin está conseguindo sufocar com facilidade um movimento que quer recolocar o sangue e a maldade no poder russo.
 Os canalhas, ao que tudo indica, têm a sua hora e sua vez.


segunda-feira, 7 de abril de 2014

A Polícia Federal


                   

            Desde sua criação filiada e subordinada ao ministério da Justiça, a policia federal tem os seus braços e pernas presos.
            Fica obrigada a obedecer ordens de ministros e presidente da República, quando sua função não é esta.  Cabe à PF a vigilância das fronteiras, das entradas e saídas do país, dos crimes internacionais e uma série de outros que ficaria cansativo continuar.  Ou seja, sua função está acima das organizações policiais comuns.
cusam e abusam da capacidade da polícia federal para fins políticos. Um absurdo, como qualquer cidadão pode notar.  Os membros daquele órgão não se sentem à vontade com esta situação, e procuram agir por conta própria, mas a atitude pode ser considerada até mesmo irregular.
            A solução é simples.  Ela deve ser desvinculada definitivamente do ministério da Justiça, e desta forma livra-se das tarefas políticas que é obrigada a fazer.  Seria um departamento autônomo, prestando satisfação somente à presidência da República, mas sem receber ordens.
            Sem mudança na sua competência para apurar determinados tipos de crimes, passaria a ser chefiada por um delegado de carreira, cujo nome seria indicado, por eleição de todos os seus participantes, com mais de cinco anos de cargo como delegado federal.  A nomeação do eleito, feita pelo chefe do Executivo, não obriga o indicado ser ouvido por nenhum órgão do poder Legislativo.
            Os contrários a esta ideia vão dizer que está sendo criado um órgão independente dentro da República, que a ninguém obedece salvo ao seu chefe.  De modo algum.  Verificada qualquer ação que passe dos limites investigatórios, violência ou qualquer irregularidade, a Procuradoria-Geral da Justiça ficaria obrigada a apurar o caso.
            Seria o fim do uso indevido do DPF, hoje ainda obrigado a respeitar os humores de presidentes e ministros.

Publicado no Pravda de 07/04/2014  http://port.pravda.ru/news/russa/07-04-2014/36565-policia_federal-0/